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A Nova Forma de Fazer Terror



Em 2016, o longa A Bruxa, se mostrou bastante ousado, deixando claro cenas de incesto e canibalismo. Mexeu com o lado espiritual, indo além da compreensão de muita gente, utilizando símbolos reais de seitas pagãs. O cenário é completamente claustrofóbico, embora tudo aconteça num ambiente aberto, as paletas de cores são muito escuras e a ausência de trilhas sonoras ou de qualquer alívio cômico - ou seja, o filme te deixa sufocado do começo ao fim.

Agora em 2017, tivemos um filme nada menos perturbador do que Fragmentado, que brincou a psicologia humana e que também remete a cenas de incesto, porém com outra conotação.

Falando sobre o longa Corra, outro filme completamente abusado, uma lição de moral nos seres humanos, contudo, num aspecto específico - o racismo velado! Ainda assim o filme possui elementos funcionais como plot twist, alívio cômico e abusa de uma certa ficção científica.

Outro longa absurdamente perturbador que eu tive a oportunidade de assistir foi Ao Cair da Noite, trata-se de outro filme claustrofóbico. A ambientação, a posição das câmeras em quadros fechados, as paletas de cores também escuras. Com certeza, se você entender a ideia do autor, certamente vai perceber que o objetivo é dar poder ao medo, ao pavor, sem jumpscare.

Entre todos os longas que pude ver no cinema até agora, sem dúvida Mãe! foi o mais denso, tenso e perturbador. Não bastasse Darren Aronofsky ter me deixado perturbado com o filme Noé, agora ele consegue ir ainda mais longe!

As cores do filme é bastante escura (nada que atrapalhe ou incomode). Outra particularidade do filme é, além da falta de trilha sonora, destaco o fato de nenhum personagem possuir nomes, sempre são referidos como: Ele, Ela, Senhor, Senhora, Meu Amor, Minha Deusa - tipo:

- Prazer conhecer você!

- Prazer conhecer você também!

A posição das câmeras deixa claro sob que óptica o diretor quer que você observe!

Aronofsky consegue fazer o telespectador se sentir agoniado durante a sessão, e no final é depressivo, não tendo como não refletir acerca da natureza humana!

Falando de atuação dos atores, esta é a melhor atuação de Jennifer Lawrence, não há o que se falar sobre Javier Bardem!

O filme não faz uso de jumpscare ou plot twist, não é um terror, portanto pode ir assistir sossegado, contudo o filme é complexo, não é literal, ao contrário tudo é metafórico!

Eu diria que o filme não é apenas perturbador como também é corajoso e para um público seleto. Para uns pode parecer confuso, para outros chocante! Porém, o que mais incomoda é saber que trata-se de uma cruel realidade humana retratada da pior forma possível!

Por Trás do Papo Livre
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